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domingo, 28 de março de 2010

"Amor"


Poeta Cigano,

É como o cálido perfume de uma rosa,
Pela brisa levada, adoçando corações,
Desejada canção, bela e mimosa,
Que aconchega e desperta paixões!

É a beleza da manhã de Primavera,
No seu belo e maravilhoso despertar,
É para almas tomadas pela quimera,
Corações preparados para amar!

Para todos aqueles amantes,
Que se doam, nesse apaixonar,
Extasiados, felizes, deslumbrantes!

É a realização de um sonhar,
Que abre corações num rompante,
Algo lindo que veio para ficar!!!!!!!!!!








sexta-feira, 26 de março de 2010

"Serenata para meu Amor"


Poeta Cigano

Numa linda noite, estrelada,
Fiz serenata pra ela,
Lua emoldurada em prata,
Ela belíssima na janela!

Seus olhos pareciam sorrir,
Esperando minha canção,
Ao cantá-la, comecei sentir,
Doce aperto no coração!

Bem perto dela, pude ver,
Suas lágrimas de emoção,
Emoção por me querer!

E algo forte em meu interior,
Fez explodir uma paixão,
Despertando meu amor!!!!!!!!!!!!










terça-feira, 23 de março de 2010

"Outono"


Poeta Cigano.

Afoita brisa, que teima em beijar,
Ramos e copas, despindo-os no tempo,
Libertas, folhas secas bailam no ar,
No chão se deitam, em tristes lamentos!

Melancólicas, choram suas partidas,
Sem mais direitos à vida e sonhar,
São lágrimas doídas, de despedidas,
Uma nova estação está pra chegar!

Vem o Outono, renova-se a vida,
Novas folhas, flores e frutos a adornar,
Uma natureza tão bela e colorida!

Das folhas secas, não iremos mais lembrar,
Levadas pela brisa, serão esquecidas,
Até a Primavera de novo voltar!!!!!!!!!!!!!!!!

segunda-feira, 22 de março de 2010

"Volúpia"


Poeta Cigano.

Pela noite, saímos a caminhar,
Trocando carícias, juras de amor,
Com a lua cúmplice, a nos espreitar,
Ardia-nos um fogo interior!

Afoita, ela passou a me assanhar,
Com teu desejo, fogo de paixão,
Todo teu corpo parecia queimar,
Incontrolável, era tua excitação!

Isso senti, em teus gestos e olhar,
Olhos trêmulos, em aflição,
Famintos, querendo me devorar!

E, num rompante, fez-me deitar,
Na úmida relva, na escuridão,
E ali me entregar!!!!!!!!!!!




sexta-feira, 19 de março de 2010

"Saudades !!!"


Poeta Cigano

Feridas na’lma que faz jorrar,
Lágrimas de um entristecer,
Coração no peito a sangrar,
São saudades de você!

Tua ausência faz-me chorar,
O tempo teima em não correr,
Não sei até quando esperar,
Só não quero te perder!

Lembro-me da tua partida,
Prometendo logo voltar,
Ao beijar-me na despedida!

Como vou esta dor suportar?
Volte logo, minha querida,
Não quero mais chorar!!!!!!!!!!!!!


quarta-feira, 17 de março de 2010

"Solidão - Poema"


Poeta Cigano.

“Afogas no teu mar de silêncio. Afundas em teu abissal orgulho, pois não consegues trazer à tona a verdade da vida, quando despencas no abismo da miséria da’lma e da escuridão.
Dispensas os cruciais valores da existência, quando vagas às cegas pelo teu mundo irreal de insensatez, morbidez, fragilidade e egoísmo. Teu coração se fecha, tua alma se retrai e bloqueia este tempo de ignorância pessoal só existente dentro de ti.
Abra uma janela, veja o fulgir do sol, o cintilar das estrelas, compartilhe os cânticos felizes dos pássaros e aspire as fragrâncias das flores. Curva-te diante da infinita beleza da vida. Viva.
Se desarme, abrace as pessoas, o mundo, a vida não é só espinhos, como também, felicidade e amor. Seja determinado, se supere e, seja seu próprio herói.
Não firas a si próprio, não sejas a adaga cortante que, rasga os peitos onde moram corações que se dizem mutilados, injustiçados e de aparências agonizantes.
Sobreviva, lute, busque novas estradas, novos caminhos. Respire fundo. Ergas a espada da vitória nesta batalha cruel que fustiga tua’lma. Seja incansável.
Liberte o guerreiro que habita teu interior e decida esta guerra.
Aflores teus reais sentimentos, descortine o véu que o cegas e, se liberte dos grilhões férreos que o aprisiona, despertando para o mundo: Renasça. Veja um mundo real com vicissitudes e defeitos e todos os demais ingredientes, mas o palco ideal para que nós, simples coadjuvantes, possamos exercer o livre arbítrio de saber vivê-lo.”







segunda-feira, 15 de março de 2010

"Amor Intenso"


Poeta Cigano

Em você me envolvo e penso,
Meu coração vive este querer,
Busco um amor real e intenso,
Quero te amar, quero você!

Ao meu lado a me acariciar,
Conquistar-te, te merecer,
Não quero em vão mais sonhar,
Mas esse grande amor viver!

Quero me doar, me apaixonar,
Compartilhar este lindo amor,
De corpo e alma me entregar!

Sentir teu perfume me embriagar,
Oh, minha querida, oh, meu amor,
Quero de paixão te amar!!!!!!!!!!!

sábado, 13 de março de 2010

"Amor Perfeito? Sim !!!"


Poeta Cigano.

O ciúme não cabe num amor perfeito,
Nem lágrimas de renúncias e dor,
Laços jamais desfeitos,
São laços de um sólido amor!

Nele não tem coração ferido,
Nem sangrias de lembranças vividas,
Não é um amor efêmero, perdido,
Mas de fortes raízes retidas!

Ele é perfeito como a flor,
Na fragrância e sua beleza,
Essência pura, é esse amor!

Nasce e perpetua no interior,
Abraça o coração e alma, na certeza,
De viver seu eterno esplendor!!!!!!!!!

Soneto desafiante, contestando o “Soneto
Do Amor Perfeito” de autoria da minha
Amiga e grande poetisa Carmen Vervloet.


terça-feira, 9 de março de 2010

"Quer um Coração?"


Poeta Cigano.

Meu coração tem lustres de catedrais,
Fascínio e aconchego de mansões,
Janelas multicoloridas de vitrais,
Sabor de amor, cabedal de emoções!

Tem o fulgir do luar de prata
Beleza de sinfonias e musicais,
Romantismo da velha serenata,
Glamour de antigos madrigais!

Mas não está jogado ao vento,
É um barco a espera no cais,
A zarpar a qualquer momento!

É um coração feliz, sem dor,
Livre como a brisa e o vento,
Na busca de um amor!!!!!!!!


quinta-feira, 4 de março de 2010

"Confissões de amor"


Poeta Cigano,

Dela aproximo-me, falo de amor,
A timidez ali queria me calar,
Mas uma chama em meu interior,
Ardia, parecia me queimar!

Dentro de seus olhos pude ver,
Que mexi com seu coração,
Senti nesse olhar seu querer,
Seu fogo, uma paixão!

Era uma rosa a desabrochar,
De doce perfume a me envolver,
Só restava a ela me declarar:

Oh, minha Deusa, quero você,
Meu coração te entregar,
Em seu amor me perder!!!!!!!!!!








quarta-feira, 3 de março de 2010

"Uma lição de vida"


Poeta Cigano.

Conta-nos um velho conhecido que, lá pelos idos dos anos 60, numa cidadezinha interiorana do agreste cearense, vivia um homem, matuto de origem que, nascera com um pequeno defeito físico: não possuía parte do pé esquerdo e, se usufruía disso.
-Por favor, uma esmolinha para um aleijado! Ajude-me! Pelo meu “padinho” padi Cícero, uma esmolinha! Implorava ele a todas as pessoas que encontrava.
-“Vá trabalhar, cabra da peste! Vá fazer alguma coisa”! Respondeu um senhor bem idoso, puxando um jegue que, se curvava ao peso de dois grandes balaios de forragens.
E, assim, esse homem, de nome Severino, ia tocando a sua vidinha ociosa. Levantava-se ainda no escuro, comia um pão dormido mergulhado num café requentado e, saía cedo para a mendigagem. Trabalhar para quê? Pensava ele, já que as parcas moedas que lhes chegavam às mãos, eram suficientes para alimentá-lo por mais um dia, pelo menos enganar seu estômago e, lhe dar uma vida boa e descompromissada.
Ele fazia ponto numa pracinha do lugarejo, pouco cuidada e arborizada. Às vezes, passava horas nos degraus do pequeno coreto cochilando e, dando um “tapa” na preguiça.
Com pena do homem, muitos lhe ofereciam empregos que, eram sempre rechaçados por ele sob a alegação de que era um deficiente físico e não podia trabalhar.
Encontrava-se nesta vida desde criança, quando fora abandonado pelos pais que, eram muito pobres e, não queriam suportar esse fardo, que era ele. Como alimentá-lo e vesti-lo se nada tinham. E, assim, resolveram abandoná-lo, deixando-o nas mãos do destino. A sua casa, a partir dali, passou a ser a rua e sua cama um banco de jardim.
-Um esmolinha, por favor! Uma esmolinha! Insistia ele a todo instante.
E, exaustivamente, durante todo dia, Severino implorava e recebia mais não do que sim, mas mesmo dessa forma, não desistia e, ia empurrando a sua vidinha ociosa com a barriga.
Um belo dia, peregrinando pelas ruas com as suas muletas, viu algo que o impressionou e que, mexeu com as suas estruturas, fazendo-o balançar e repensar a vida.
Há uns dez metros dali, vira um senhor bem idoso, de barbas brancas e compridas, face bem enrugada, aparentemente frágil, mas de feições bondosas, sem as duas pernas, e se equilibrando sobre uma velha cadeira. Ele vendia peças de artesanatos com um sorriso largo no rosto, tratando todos de igual para igual, disputando seu espaço junto a outros negociantes do ramo no local.
Aquilo lhe chamou a atenção e, o fez se aproximar do homem, mesmo um pouco desconfiado. Ainda hesitante, chegou bem perto do velho sertanejo para conferir o motivo daquela sua alegria, já que o problema dele era bem maior e se encontrava feliz.
Já frente a frente com o ancião, Severino com uma voz trêmula e insegura o interpela:
-Meu velho, o que o faz sorridente e lhe dá forças, se é um aleijado desgraçado como eu? Um pobre coitado relegado pelo mundo? Esquecido até por Deus?
O outro ergue a cabeça e o fita demoradamente como se procurasse alguma coisa e, minutos após, lhe dá a resposta, contando o segredo de sua força e alegria de viver:
-“Meu filho, o homem muitas das vezes tem a cura de sua doença na luta, através da fé, do amor, do trabalho e, acima de tudo, da perseverança. Temos algo muito precioso que está acima de nossos defeitos, que é a vida. Temos de saber vivê-la com inteligência e amor, pois é única. Trilhar nossos caminhos felizes, para que possamos seguir o rumo dos homens de bem e de Deus! Nosso corpo está mutilado, mas o nosso espírito é são”!
Encerrando a sua curta história, o nosso narrador nos disse que ele, ao ouvir a simples, mas bela lição de vida daquele ancião, aos prantos e envergonhado, afastou-se dali apressadamente e nunca mais foi visto na cidade ou arredores.




segunda-feira, 1 de março de 2010

"O Menino e o Velho. O milagre do Amor !!!"


Poeta Cigano

O senhor Perácio, com seus setenta anos bem vividos, aposentado, vive com a esposa, a filha e, o neto numa casinha num bairro operário da cidadezinha de Santa Cruz.
Nos fundos do quintal, montou uma improvisada oficina de soldagens, para fazer uns biscates e completar a renda, mantendo-se em atividade. Sempre falava para dona Mercedes, sua esposa, que aquilo era seu elixir da vida. Um modo de ocupação de tempo.
Seu neto Tiago, de apenas quatro anos, é a menina dos seus olhos e ele, além de avô coruja, um emérito contador de histórias. Sempre estavam juntos. Amavam-se.
À noite, após cada história, eles rezavam juntos e ele só saía dali após o netinho adormecer, quando o cobria e apagava a luz.
-Sonhe com os anjinhos, meu filhinho! Falava ele quase num sussurro ao seu ouvidinho, dando-lhe em seguida um beijo em sua face rosada com um sorriso paternal.
A filha ficara viúva muito cedo e fora morar com eles. Certo dia, o menininho foi tomado por uma febre alta e incontrolável. Como os remédios caseiros, tão úteis, não resolveram, tiveram que levá-lo para o hospital. Após alguns exames, descobriram uma doença rara em seu organismo. Aí foi uma choradeira geral.
Diante daquela situação emergencial, os médicos, de imediato, iniciaram os procedimentos de cura. Não podiam perder muito tempo.
A partir desse dia, muito desconsolado, o avô não desgrudava da cadeira ao pé da sua cama, com o livrinho de história em suas mãos. Quando Tiaguinho abria os olhinhos, o bom velho e dedicado avô, com o coração amargurado e ferido, forjava uma alegria que não passava despercebida pelo garotinho que, em silêncio, compreendia. Nesse instante:
-Meu filhinho, vovô chegou e como sempre vai te contar histórias diferentes e divertidas! Só nós conhecemos essas histórias! Somos sócios nesse segredo! Fechado?
O garotinho, quase num sussurro por ainda estar sob efeito de medicamentos, tenta ensaiar um pequeno sorriso e responde bem lentamente.
-Fechado, vovô! Não vou contar pra ninguém nosso segredo, nem pra mamãe nem pra vovó!
O tempo passa e aquela rotina seguia seu rumo. Até que, um belo dia, a equipe médica resolve chamar e reunir a família para dar as boas novas. A infecção regredira e, o menininho, muito mais cedo do que o esperado, teria alta. E para alegria de todos, o fato aconteceu. Ele já se encontrava em casa se restabelecendo ao lado de seus familiares e, sabidamente do avô. Em pouco tempo já era outro: Brincava, corria e fazia de tudo.
Quando tudo voltara à normalidade e parecia ir às mil maravilhas, é a hora do avô adoecer. Ele tinha um problema coronário e teve que ser internado às pressas também.
Tiaguinho, inconsolável, passou a chorar pelos quatro cantos da casa. O avô era tudo para ele. Não podia ir ao hospital com a sua mãe, porque ela não queria chocar seu coraçãozinho vendo o avô naquela situação. O homem ficava a maior parte do tempo desacordado a poder de medicamentos. A doença era grave e sem previsão de cura.
Mesmo pequenininho, ele era muito esperto e conseguiu seguir a mãe. Ouvira o número oito como sendo o do quarto do avô. E como o velho o tinha ensinado a contar até dez, ele saberia achar o tal quarto. Já no local, se esgueirando por entre paredes e pilastras, alcançou o primeiro andar e logo avistou o número procurado. Numa correria desenfreada e pegando a todos de surpresa, ele entrou no quarto e se aproximou da cama do avô que, por sinal, naquele momento, estava acordado. Com o livrinho dobrado sob os bracinhos, ele falou com aquela vozinha chorosa e lágrimas nos olhinhos azuis e brilhantes:
-Vô, vô, vim te contar aquelas histórias pra você ficar bom também! Aquelas do nosso segredo que me curou, lembra?
Ao escutar aquilo e, ver o netinho folhear aquele livrinho sem ainda saber ler, o ancião não resistiu e foi às lágrimas, conseguindo com muitas dificuldades respondê-lo:
-Meu filhinho querido, conte essa sua história tão linda e maravilhosa! Estou precisando muito! Você vai me curar, Tiaguinho! Conte!
-Não, vô! Eu não vou curar o senhor! Esqueceu? É a história, é ela! É ela que cura! A mesma que fez eu ficar bom, lembra? Retruca o menininho exibindo um sorriso inocente de felicidade em seu rostinho, atento e, folheando as primeiras páginas do livreto.
A avó e a mãe do garotinho vendo aquela cena emotiva resolvem, a partir dali, a levá-lo em suas visitas, deixando assim o menininho e seu avô radiantes.
Para nova surpresa de todos, alguns meses depois, o quadro do paciente apresentava acentuadas melhoras. Como estava bem debilitado e desenganado, os médicos ficaram sem entender essa franca recuperação em tão pouco tempo e, passaram a creditar o fato a milagres.
O homem então logo recebe alta e, agora, por imposição de Tiaguinho, passaram a se revezarem nas narrativas, porque essas histórias, as do segredo, não os deixam adoecerem.